Tudo tão pequeno e insignificante

Daqui de cima dá pra ver o mundo inteiro. Ao menos meu mundo eu enxergo.
Tudo está lá, pequeno e insignificante como qualquer parte desse mundo, ou do mundo de qualquer um.
Às vezes é preciso subir, parar, analisar, e depois se jogar de cabeça de volta ao mundo. Talvez seja isso que eu tenha que fazer.
O prédio é alto.
A queda vai doer.
Com sorte eu não vou sentir nada e me espatifar lá na calçada feito aqueles caras ensandecidos se jogando na tevê. Desde que eu vi aquilo, nunca mais tirei da cabeça a ideia de fazer o mesmo. É tão lindo a queda, o voo  Eu nunca vou descobrir se meus sonhos eram verdade, se eu era um ser voador que se jogava de prédios dando rasantes sobre as pessoas. Não vou dar explicações.
À minha mãe deixo meu afeto. Ao meu pai, meu respeito (talvez). Aos meus irmãos deixo as marcas de brigas, desentendimentos e muito amor. E a você eu deixo meu eu, que só você consegue enxergar e compreender. Agora eu me vou, vou deitar no ar e deixá-lo me levar. E pro mundo eu deixo um clichê, tão clássico quanto lindo: "Adeus, mundo cruel". Cruel, mas nem tanto.

3 comentários:

Unknown disse...

"Às vezes é preciso subir, parar, analisar, e depois se jogar de cabeça de volta ao mundo."
É tão dificil fazer isso. Eu gostaria muito de voltar a encarar realmente a realidade como ela é. mais infelizmente não consigo.

Eu os seus textos best.

Unknown disse...

Me fascina tbm os vôos rasantes.
Adoro sonhar que estou voando. Me sinto livre de tudo, me sinto livre para ir e fazer o que eu quiser. Amo essa sensação de liberdade.

Você escreve muito bem.
Parabéns.

Leonardo Rondini disse...

Grande textos, us dos melhores que já li nessas ultimas semanas, sou novo lendo no seu blog. :D

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